‘ChatGPT do Google’ desembarca no Brasil

o Google Bard desembarcou no Brasil, após seu lançamento em março de 2023. O chatbot está disponível em português e pode ser acessado em todo o território nacional. Simultaneamente ao lançamento no Brasil, o Bard também foi disponibilizado em todos os 27 países da União Europeia.

O Google apresentou oficialmente seu chatbot de inteligência artificial, o Google Bard na terça-feira, 21 de março de 2023. Na corrida da IA, o Google entra para concorrer com o ChatGPT, da empresa Open AI.

Em 10 de maio de 2023, durante o evento Google I/O 2023, o Google anunciou uma série de atualizações que incrementam o seu chatbot. Com o lançamento de um novo modelo de IA Generativa, o PaLM 2, o Bard está mais completo e integrado aos produtos do Google.

O Bard está disponível apenas para usuários do Google em 238 países e territórios e em 40 idiomas diferentes. Além da língua inglesa, o chatbot ainda reconhece português, espanhol, mandarim, alemão, coreano, japonês etc.

Ficou curioso? Conheça mais sobre o mecanismo de chatbot do Google, o Bard, a seguir.

O que é Google Bard?

Bard é o chatbot de inteligência artificial do Google. Os chatbots são programados pela IA para responder perguntas emulando um ser humano. Ele consegue acessar informações atualizadas via internet e produzir resultados mais aprofundados para os usuários. O mecanismo é derivado do modelo de linguagem de inteligência artificial generativo do Google, o PaLM 2, e está disponível em mais de 40 idiomas.

Anteriormente, o modelo de linguagem utilizado pelo Bard era o LaMDA, criado em 2017, que nunca foi oficialmente lançado para o público. O PaLM 2 é um modelo melhorado de Inteligência Artificial Generativa, capaz de gerar respostas, soluções e traduções multilíngues em mais de 100 idiomas.

O Bard é a aposta do empresa para concorrer com o ChatGPT no Bing, fenômeno da OpenAI, lançado em novembro de 2022 e que garantiu mais de 1 milhão de utilizadores em 1 semana de uso.

O que o Google Bard faz?

O Google Bard é capaz de criar roteiros turísticos, calendários de estudos e dicas de como começar atividades, segundo a pagina inicial do chatbot. O Bard também consegue escrever textos em diferentes formatos, resumi-los e formatá-los na norma da ABNT. O chatbot sugere códigos de programação, cria imagens, elabora planilhas e muito mais.

O Google Bard é um chatbot, e, portanto, responde a perguntas feitas por um usuário emulando um ser humano. O objetivo maior do Bard é o de criação. Aqui, o interesse não está apenas em identificar e encontrar a informação, mas sim em colaborar com a inteligência artificial e produzir ativamente o conteúdo.

O chatbot produz blocos de textos em instantes, apresenta até 5 versões diferentes de respostas e ainda oferece uma integração direta com o Google. Existe o botão “Pesquisar no Google”, que pode ser utilizado para consultar informações na internet a qualquer momento.

No Brasil, o Bard desembarcou com novas funcionalidades, como a possibilidade de fixar conversas na barra lateral da tela. Além disso, a funcionalidade do “text-to-speech” permite a integração de comandos e respostas de voz pela plataforma. Também é possível compartilhar com amigos as respostas do Bard.

O sistema consegue guardar as perguntas e respostas efetuadas à plataforma e também está disponível a opção para apagar o histórico do usuário.

Entretanto, a ferramenta não fornece as fontes consultadas para formular as respostas. O Google informa que é possível solicitar as fontes ao Bard para receber as bases consultadas. No entanto, a empresa explica que nem sempre a plataforma consegue fornecer as fontes, caso as respostas não sejam 100% factuais.

Entre as regras que norteiam o Bard, está a proibição de respostas ofensivas e abusivas. A plataforma ainda tem filtros para não compartilhar informações prejudiciais ou ilegais.

O Google adverte que, assim como qualquer programa de inteligência artificial, o Bard cometerá erros. O produto “nem sempre acertará”, como ficou provado no vídeo promocional do bot que acarretou em perdas de US$ 1 bilhão para a Alphabet, a holding que é dona do Google.

Por que o Bard demorou a chegar no Brasil?

O Google Bard demorou a chegar ao Brasil, pois o Google estava treinando a ferramenta no português brasileiro. O Bard ainda está em fase de “experimentação”. A empresa observa as respostas da plataforma para que o chatbot forneça as informações corretas, sem reprodução de preconceito ou viés ideológico.

Ainda não há previsão de quando o Bard vai deixar de ser um “experimento”, isso porque a empresa usa os feedbacks de uso da plataforma para otimizar o chatbot. O objetivo é diminuir a quantidade de respostas preconceituosas ou alucinações. As alucinações acontecem quando um chatbot não tem os dados necessários para responder o usuário, mas consegue formular uma resposta.

Novidades do Google Bard anunciadas na Google I/O de 2023

1. O chatbot está disponível em 238 países e territórios

Durante o Google I/O, a empresa anunciou que o Bard estava disponível em 180 territórios e em alguns idiomas, como inglês, mandarim, coreano e japonês. Desde 13 de julho de 2023, o Bard passou a poder ser acessado no  Brasil e também pelos 27 países da União Europeia. Assim, o Bard passa a estar disponível para uso em 238 países e territórios.

A chegada do chatbot no Brasil e na União Europeia acontece meses depois de seu lançamento em março de 2023. O bloco econômico está em processo de regulamentação de big techs, inteligências artificiais e enfrentamento de fake news. O Brasil também passa pelo mesmo processo legal. No entanto, o Google afirma que a demora não se deve aos processos legais em curso.

2. A plataforma será treinada em mais de 40 idiomas

Além da língua inglesa, coreano, mandarim e japonês, a empresa vai futuramente treinar o Google Bard em mais de 40 idiomas, inclusive o português. O chatbot estava disponível apenas na língua inglesa, em países como Estados Unidos e Reino Unido e agora já se encontra em mais de 180 territórios.

Com as atualizações, a plataforma irá treinar a plataforma em diversos idiomas e já compreende mais de cem línguas pelo PaLM 2.

3. Elaboração de imagens com ajuda de IA

O Google Bard integrou seu chatbot com o Adobe Firefly, para produzir imagens via Inteligência Artificial Generativa. O usuário envia um prompt, ou seja um pedido, e a ferramenta cria a imagem a partir disso. A parceria permitirá que também seja possível editar imagens geradas em outras soluções Adobe, como o Adobe Express.

4. Integração do chatbot com outros produtos do Google

O Google Bard será integrado a outros produtos, como Google Sheets, Google Docs, Gmail, Google Maps e Google Fotos. Com ajuda da IA, além da possibilidade de manipulação de imagens com o Adobe Firefly, usuários também poderão exportar o conteúdo gerado no Bard para outros aplicativos. Todas as informações geradas poderão ser editadas manualmente após sua criação.

É possível, por exemplo, realizar uma pesquisa no buscador e importar as informações fornecidas para o Google Sheets para criar uma planilha com os dados. O Google Maps poderá mostrar todo o caminho até o destino com o “Immersive View”, que conta com informações adicionais como previsões de trânsito e condições climáticas.

Já o Gmail vai contar com o recurso “Help Me Write”, que escreverá respostas a pedidos simples e produzirá documentos inteiros. No Google Fotos será possível apagar e editar imagens com o “Magic Eraser” e o “Magic Editor”. Com ajuda de inteligência artificial, a imagem poderá ser manipulada desde remoção de objetos ao reposicionamento de alegorias.

5. Identificar imagens com o Google Lens

Com ajuda do Google Lens, o Google Bard poderá receber imagens e enviar respostas com base no conteúdo. A tecnologia funcionará com o “Google Lens”, que reconhece a imagem e envia a resposta ao questionamento do usuário. Também haverá resposta com imagens adicionadas ao texto.

6. Possibilidade de uso no Modo Escuro

Com as atualizações, o Google Bard conta com o modo escuro. Usuários podem escolher utilizar a função no computador ou no celular. Seja pela economia de energia, seja por preferência pessoal. Desenvolvedores acreditam que essa funcionalidade vai proporcionar uma interação mais amena com o Google Bard.

7. O chatbot vai fornecer e citar as fontes

O Google Bard vai oferecer citações de fontes nas respostas providas pelo chatbot. Usuários receberão respostas com referências e links utilizados pelo Bard. Assim, pessoas podem se aprofundar nos assuntos pesquisados e ainda identificar possíveis falhas no bot, a fim de evitar desinformação.

8. PaLM substitui LaMDS como novo modelo de IA Generativa do Google Bard

O PaLM 2 é o novo modelo de IA Generativa do Google Bard. Anteriormente, a ferramenta utilizava o software LaMDA, considerado limitado em relação ao PaLM 2. Com o novo modelo de IA Generativa, o Google criou 25 novos produtos e recursos que usam inteligência artificial.

Além disso, o PaLM 2 ainda conta com uma versão médica, o Med-PaLM. A nova ferramenta identifica problemas de saúde a partir de sintomas fornecidos pelo usuário. O PaLM 2 também dá instruções de cuidado para as pessoas que utilizam o Med-PaLM.

Como usar o Bard do Google no Brasil?

Para usar o Google Bard no Brasil é necessário acessar o site do Bard pelo celular ou computador e logar com uma conta do Google. Após efetuar o login, basta dar os comandos para o chatbot e escolher entre um dos 5 estilos de resposta que a plataforma oferece. O usuário pode alternar entre respostas simples, longas, curtas, profissionais ou casuais conforme sua necessidade.

A tela é simples e funciona de forma semelhante ao ChatGPT. É possível integrar a pesquisa no Bard com o Google, ao selecionar “Pesquisar no Google”. Após a pergunta ao Bard, também está disponível a opção de transferir os resultados para uma planilha no Google Sheets, para o Google Maps ou para o Google Docs.

Para criar imagens, basta enviar as instruções desejadas ao chatbot. A ferramenta utiliza o Adobe Firefly e disponibiliza algumas imagens prontas para o usuário escolher. O Bard ganhou integração com o Google Lens e também é possível enviar comandos com imagens.

O usuário também pode dar feebacks às respostas da plataforma, através do ícone de “Curtir” ou “Não curtir”. Além disso, o Bard pode ouvir os comandos do usuário e responder por voz. Para dar comandos ao Bard com a voz, é preciso selecionar o ícone do microfone. Já para ouvir a resposta com som da plataforma, basta clicar no ícone do alto-falante.

Quando o Google Bard chegará ao Brasil?

O Bard chegou ao Brasil na quinta-feira, 13 de julho de 2023. A plataforma foi lançada originalmente em fevereiro de 2023, mas levou meses até chegar ao Brasil.

Diferenças entre Google Bard e ChatGPT

1. Google Bard usa informações atuais e o ChatGPT está limitado até 2021

A diferença maior entre o Bard e o ChatGPT é que o mecanismo do Google consegue usar informações atuais, enquanto ChatGPT está limitado aos conteúdos produzidos até 2021.

Para acessar os dados atualizados em tempo real do Bard, basta ativar o botão “Google it”, que redireciona para o mecanismo de busca do Google

2. Google Bard fornece fontes pesquisadas e ChatGPT não 

O ChatGPT não fornece as fontes utilizadas em suas pesquisas. Já o Bard oferece os links que consultou para gerar as suas respostas, permitindo que os usuários verifiquem a natureza das informações.

3. Google Bard produz blocos de texto e ChatGPT responde palavra por palavra

O ChatGPT digita palavra por palavra ao interagir com os usuários. Já o Bard produz blocos de textos instantâneos, com opções múltiplas de respostas.

4. Google Bard é exclusivo para maiores de 18 anos e ChatGPT é liberado para todas as idades

O ChatGPT pode ser acessado por usuários de todas as idades. Já para usar o Google Bard, os usuários precisam comprovar que são maiores de 18 anos.

5. Google Bard pode ser usado de graça no buscador e ChatGPT-4 é pago

O Bard foi criado para ser utilizado gratuitamente no buscador do Google. Já o ChatGPT-4, por exemplo, que é a última versão do bot da OpenAI, só está disponível na modalidade paga.

O Google Bard é o próximo passo do Google na corrida pela inteligência artificial. Com diferentes formatos, players e propostas, a IA ainda promete movimentar o mercado tecnológico.

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Resumindo

Com informações de Remessa Online